quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A RAZÃO DE NÃO SE COMER CARNE- GRANDES PENSADORES, FILÓSOFOS E HOMENS DA NOSSA ERA:

Mais do que um simples acto atávico de saúde ou de crença de Religião, hoje em dia milhões de seres humanos em todo o mundo já aboliram completamente o consumo de carne da alimentação. Só nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 10 milhões de pessoas se consideram vegetarianas (a população de Portugal), contribuindo assim para um Mundo Novo com uma nova forma de Civilização.

Na verdade, o ser humano só será um dia verdadeiramente livre e feliz, se respeitar os princípios estabelecidos para uma vida superior com mais verdade e mais amor. De resto, consultando o próprio Génesis da Criação, vemos que o alimento vegetal foi destinado ao homem logo desde o início para que vivesse e evoluisse de acordo com a sua verdadeira condição, porquanto está escrito:
"E disse Deus:
Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente (cereais, vegetais, leguminosas, etc.), que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore em que há fruto de árvore que dá semente (frutos diversos, oleaginosas), ser-vos-á para mantimento".
(Génesis – 1: 29).
Mas a espécie humana degenerou e se tornou violenta há muitos milhares de anos, sendo que após o Dilúvio passou a consumir cada vez mais cadáveres de animais até aos tempos atuais. Isto nada tem a ver com a nossa condição de seres racionais.

Figuras de nome da nossa História compreenderam essa questão e cultivaram princípios éticos, filosóficos, morais e espirituais, falando duma verdadeira forma de alimentação.
Entre eles se destacaram grandes Filósofos, Poetas, Profetas, Escritores, homens simples ou ilustres doutores, que preferiram sempre o alimento vegetal em vez dos retalhos sangrentos do cadáver do animal.


PITÁGORAS, por exemplo, o grande filósofo grego, disse um dia:
«Queridos companheiros, não profaneis os vossos corpos com alimentos pecaminosos. Nós temos o milho, temos maçãs que curvam os galhos com seu peso e uvas crescendo nos vinhedos. Há ervas de sabor doce e legumes que podem ser cozidos e abrandados no fogo, nem se nos nega o leite ou mel perfumado com menta. A terra proporciona um suprimento exuberante de riquezas, de alimentos inocentes e oferece-nos banquetes que não envolvem derramamento de sangue ou matança; somente as feras satisfazem sua fome com a carne...»

DIÓGENES, o biógrafo de Pitágoras, dizia inclusive que este pagava muitas vezes aos pescadores para que eles lançassem a sua pesca de volta ao mar. É deveras maravilhoso ter havido no mundo pessoas duma natureza humana superior, sensíveis à vida de todos os seres vivos, respeitando Planos do Criador. No entanto, o consumo de peixe em vez de carne é aceitável ou aconselhado para quem não consegue ainda fazer uma alimentação exclusivamente vegetariana por questões ideológicas mais humanas.

PLUTARCO, o autor romano vai mais longe ao dizer:

«Podeis realmente perguntar que motivo tinha Pitágoras para se abster de carne. De minha parte, não entendo através de que acidente e em que estado de espírito foi que a primeira pessoa sujou a sua boca com sangue e levou seus lábios em direcção à carne de uma criatura morta, pôs mesas de corpos de animais despedaçados e ousou chamar-lhe de alimento e nutrição às partes que pouco antes haviam bramido e chorado, movimentavam-se e viviam. Como poderiam os olhos suportar a matança em que as gargantas eram perfuradas, a pele esfolada e os membros arrancados?... Certamente não são leões e lobos que comemos para defesa pessoal; pelo contrário, ignoramos estes e chacinamos criaturas dóceis e inofensivas sem presas ou dentes para nos atacar. Por um pouco de carne lhes tiramos o sol, a luz e a duração de suas vidas em evolução»...

LEONARDO D'AVINCI, o grande pintor, inventor, escultor e poeta renascentista, dizia a este respeito:
«Aquele que não dá valor à vida, desrespeitando-a, não a merece». Os seus livros e anotações estão cheios de passagens que mostram a sua compaixão por todas as criaturas e lamentava que ... «um número incontável de animais terão seus filhos arrancados, rasgados, barbaramente trucidados», dizendo ainda que os homens consumidores de carne dos animais são «locais do seu próprio sepultamento»... e concluiria dizendo:
"CHEGARÁ O DIA EM QUE O HOMEM CONHECERÁ O ÍNTIMO DOS ANIMAIS. NESSE DIA UM CRIME CONTRA UM ANIMAL SERÁ CONSIDERADO UM CRIME CONTRA A PRÓPRIA HUMANIDADE.

JEAN JACQUES ROUSSEAU, filósofo francês, defensor da Ordem Natural, referia que uma dieta vegetariana produziria uma pessoa mais pacífica e compassiva, observando na Natureza fenómenos de comportamento em que os animais carnívoros são mais cruéis e violentos, voluntariosos, enquanto os herbívoros são mais dóceis, pacíficos, e graciosos.
O plano espiritual explica que a carne contém fluidos deletérios
dos últimos momentos de sofrimento do animal.

LEON TOLSTOY dizia que
«Se toda a Humanidade fosse vegetariana, eram impossíveis as guerras»...
Acreditava este escritor russo que ao deixar de matar animais, o homem beneficiaria não só em questões de saúde física e psíquica, mas também de ordem económica e social, e sobretudo temperamental. Tolstoy deixou o desporto da caça em 1885, e refutou o pacifismo da alimentação vegetariana, escrevendo no seu ensaio "O Primeiro Passo" o seguinte: «O consumo de carne é simplesmente imoral, visto que envolve a execução de um acto contrário à conduta humana: Matar!
Aliás, "Não Matarás!" é um dos 10 Mandamentos bíblicos que os homens mais têm transgredido desde tempos imemoriais, nos campos de batalha, guerras, atentados terroristas, etc., sendo ainda um grande chacinador animais. É preciso inverter esta situação.

ADAM SMITH, um grande economista, proclamou mesmo a vantagem duma alimentação vegetariana, sem carnes, dizendo: «Pode-se, de facto, pôr em dúvida se a carne nos açougues é, dalguma maneira, necessária à vida.
Grãos (cereais) e outros legumes, juntamente com leite, queijo, manteiga ou mel, propiciam uma dieta mais saudável e revigorante. Em nenhum lugar o decoro impõe que alguma pessoa deva comer carne».

BENJAMIM FRANKLIN, escritor e inventor, viria também um dia a tornar-se vegetariano (aos 16 anos de idade) dizendo que do alimento vegetal «resultou maior progresso, maior clareza de pensamento e mais rápida compreensão»...
Isto quer dizer que muitos dos "insucessos escolares" dos nossos jovens seriam reduzidos se alterassem simplesmente o seu modo errado de alimentação, hoje com tanta carne e coca-cola e bebidas alcoólicas nas discotecas no seu modo de 'diversão'.

O POETA SHELLEY, era um vegetariano convicto que escreveu num ensaio sobre a "Defesa da Dieta Natural" o seguinte:
«Que o defensor da alimentação animal seja forçado a uma experiência da conveniência da mesma e rasgue um cordeiro vivo com seus dentes e, mergulhando sua cabeça nos órgãos vitais deste, mate sua sede com sangue quente e fumegante do animal... então, e só então, ele teria alguma lógica».
Shelley tornou-se vegetariano quando estudava na Universidade de Oxford e, juntamente com Harriet (sua espôsa), adotaram esta dieta logo após o casamento. Num dos seus poemas, o "Queen Mab", ele até descreveu um mundo utópico onde as pessoas não matariam mais quaisquer animais para se alimentar.
E assim será um dia, creio eu...

RICHARD WAGNER, por exemplo, (o grande compositor), exprimia a este respeito que «toda a vida é sagrada» e que «uma dieta vegetariana poderia salvar a humanidade das suas tendências violentas e destruidoras, retornando assim ao Paraíso há muito perdido». Aliás, não será possivel um Mundo de Paz, sem guerras e sem doenças, com uma Humanidade que vive e se comporta contra a Natureza, destruindo-a, desrespeitando a vida dos próprios seres com suas inúmeras incongruências.

DAVID THOREAU , dizia também num dos seus livros ("Walden"), o seguinte:
«Não é uma vergonha que o homem se tenha tornado um animal carnívoro, predador de outros seres?
É verdade que ele pode viver, e vive, em grande medida, da captura e abate de animais; mas isto é uma forma miserável e desumana de tratar os seres inferiores e será considerado um benfeitor da sua raça aquele que ensinar as pessoas a se restringirem a uma dieta sã, simples, inocente, benigna e coerente».

GANDHI, o apóstolo indiano da Não-Violência, pacifista e humanista do século XX, também era vegetariano e dizia:
«É necessário que se corrija o erro de que o vegetarianismo nos tenha tornado fracos de mente, passivos ou inertes na ação.
Não considero a alimentação carnívora necessária a qualquer etapa de vida do ser humano.
Considero a alimentação cárnea inadequada à nossa espécie. Erramos ao copiar o mundo animal irracional, os carnívoros, se somos superiores a eles.
Sinto que o progresso espiritual da Humanidade requer que paremos de matar os nossos companheiros neste Mundo, os animais, só para satisfazer alguns dos nossos desejos corpóreos»... O Mahatma Gandhi (grande alma), sintetizava sua ideia nesta questão:
«O grau de cultura e de civilização dum povo conhece-se pela forma como se alimenta e trata os seus próprios animais»...

Enfim, poderia enumerar aqui muitas mais personalidades humanas que defendem o princípio de que o ser humano não é um carnívoro ou um "omnívoro" que devora milhões de cadáveres de animais durante a vida, mas sim um omni-vegetariano que degenerou há muito de sua condição e se tornou na espécie mais violenta, perigosa e predadora do Planeta, por causa de seu modo errado de alimentação.

Doutro modo, é o próprio ALBERT EINSTEIN (Pai da Era Atómica) que conclui dizendo:
«A maneira vegetariana de viver, por seu efeito puramente físico no temperamento humano, exerceria uma influência benéfica sobre toda a Humanidade»
... Palavra de cientista!

Para terminar, cito um poema de GEORGE BERNARD SHAW que toca na consciência de muitos 'crentes' em Deus que ainda não entenderam a importância fundamental da alimentação pura e natural, para um progresso mais justo e humano na Humanidade Actual que ainda está longe de ser perfeita e transgride as Leis da Vida, da Natureza e da Ordem Universal.

Por isso Bernard Shaw se exprimia assim:

"Oramos aos domingos para que possamos ter a luz
Que guie nossas passadas na trilha que partilhamos
Estamos saturados de guerra, o conflito não nos seduz
Mesmo assim é dos mortos que nos fartamos"...


Fica aqui esta dissertação sobre a questão da alimentação.

Pausa para Reflexão!

RUI PALMELA

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http://alvorecer-escriba.blogspot.com/2007/07/razo-de-no-se-comer-carne_4157.html

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