domingo, 23 de setembro de 2007

BRASIL PLEITEIA O USO DE TERMELÉTRICAS DE CARVÃO NO LUGAR DAS HIDRELÉTRICAS ECOLOGICAMENTE CORRETAS !!! RETROCESSO AMBIENTAL E PERIGO À SAÚDE !

Tive uma aula de Direito ambiental e fiquei indignada com o que eu soube e pensei em fazer algo, não podemos deixar essa tragédia acontecer! Vcs sabiam que já tem um fortissimo Projeto de Lei no Sul que quer fazer o Brasil usar o carvão como gerador de energia, como a China usa??? Usamos as hidrelétricas, temos MDL sem nem assinarmos o Kyoto e agora esse retrocesso! E com o carvão vêm td de ruim junto além da poluição atmosférica e problemas respiratórios e tantos outros, mas como na China, com esse uso de fóssil barato rola tda uma desproteção aos direitos humanos, eufemisticamente falando pq vai pintar eh trabalho escravo com isso, vamos virar uma China do amanhã e não estou acreditando nisso...Fui realmente pega de surpresa com essa notícia !! Parece q vai ser aprovada, pq eh de cunho eleitoral, eh mais barato...aí sobra mais $ p eles roubarem!!

Fiquei tão indignada na aula que não vai ter jeito, vou ter que ir embora, vou para Marte !!!

Pesquisei, pesquisei na net e o máximo que consegui foi essa reportagem abaixo que mostra nitidamente que isso é verdade e já está acontecendo no Sul !!

Quem souber de mais alguma coisa, vamos nos unir e começar a colocar a boca no trombone!!


Texto por: Karyne


LEIAM ABAIXO, É SÉRIO, JÁ TEM UMA DESSAS NO SUL !! É SÓ COPIAR O LINK ABAIXO E COLAR NO SEU NAVEGADOR.

http://www.jornaldopovo.com.br/arquivos/pdf/18790.pdf



Outra matéria !!
Revista Época

Na contramão da onda verde, parlamentares do Sul do país defendem investimentos em carvão mineral


Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se esforça para vender a imagem do Brasil como fonte de energia renovável, 119 deputados federais e dez senadores, agrupados na Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, se esforçam para que o país volte a investir no carvão. A frente já coleciona algumas vitórias. Entre os investimentos em infra-estrutura previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), conseguiu incluir três termelétricas no Rio Grande do Sul. Ainda tenta trocar uma das hidrelétricas previstas no PAC para Santa Catarina pela construção de uma termelétrica. E, entre as medidas provisórias do programa, inseriu uma emenda que prevê isenção fiscal para o setor.

Os parlamentares da frente são da Região Sul, que detém 100% da reserva nacional de carvão mineral. Sua batalha tem um cunho regionalista. De acordo com a Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), o setor empregou diretamente 4.946 pessoas e faturou R$ 454 milhões na Região Sul em 2006. Mas seu principal argumento para defender o uso do carvão é que o Brasil precisa de energia para garantir o crescimento econômico. "A construção de uma termelétrica é muito mais barata e mais rápida que a de uma hidrelétrica", afirma a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), presidente da frente.

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, se opõe à frente. "Podemos suprir a demanda sem sujar a matriz energética", afirma. "Enquanto só 20% das fontes de energia mundiais são renováveis, nós temos 84%, com a hidreletri-cidade, e esse continuará o carro-chefe."

Se as termelétricas levam vantagem no tempo e no custo de construção, o mesmo não acontece no longo prazo. Segundo Zimmermann, a produção da energia hidrelétrica custa R$ 116 MW/h e a do carvão R$ 133 MW/h. Isso acontece porque o carvão nacional é de qualidade inferior. Tem baixo poder calorífico e alto teor de cinzas. Por isso, sua energia custa mais caro e polui mais.

A exploração do carvão até a década de 1990 provocou poluição de rios e do solo e o surgimento de doenças no Sul. Segundo um relatório de 2006 do Ministério da Saúde, há na região mais de 2 mil casos de uma doença causada pela exposição ao pó do carvão, a pneumoconiose dos trabalhadores do carvão (PTC). O presidente da ABCM, Fernando Zancan, diz que os cuidados ambientais e com os mineradores melhoraram muito de lá para cá.

O governo parece dividido sobre o tema. Numa audiência na Câmara dos Deputados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que as termelétricas "estão na contramão do que está sendo feito no mundo". Já o Ministério de Ciências e Tecnologia defende o aumento da exploração de carvão dos atuais 2% para 5% até 2015, o que nos tornaria menos dependentes, por exemplo, do gás da Bolívia. O custo dessa independência recairia sobre o meio ambiente.


O LOBBY DAS TERMELÉTRICAS
Por Andréa Leal

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